O Hospital de Cirurgia (HC) recebeu, na tarde desta segunda-feira, 25, a visita do juiz Marcos de Oliveira Pinto, da 12ª Vara Cível de Aracaju, e do promotor José Rony Almeida, da 2ª Promotoria de Justiça dos Direitos à Saúde do Ministério Público de Sergipe (MPSE). Ambos estiveram na unidade hospitalar, que está em processo de renovação da Intervenção Judicial, a convite do corpo diretivo da instituição.
Os magistrados foram recebidos pela Direção do HC: a interventora judicial, enfermeira Márcia Guimarães; o diretor técnico, Dr. Rilton Morais; a diretora jurídica, Isadora Cardoso; o diretor administrativo, Paulo Galliza; e o diretor financeiro, André Castello. Eles percorreram vários setores da instituição, como a Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), o Serviço de Hemodinâmica e as alas de internamento, destacando os avanços conquistados nos últimos anos e elogiando a gestão e a atual infraestrutura do hospital.
Instituição hospitalar filantrópica referência em alta e média complexidade para a Rede Estadual de Sergipe, o Cirurgia está sob Intervenção Judicial desde novembro de 2018, tendo como interventora a enfermeira Márcia Guimarães. A medida foi solicitada pelo MPSE, após investigações que identificaram irregularidades no hospital, e acatada pela Justiça Sergipana.
Transformação do HC
O promotor Rony Almeida ressaltou o impacto positivo da Intervenção no HC nestes últimos seis anos. “É importante frisar que a administração durante todos esses anos transformou o Hospital de Cirurgia. Ele era um antes e é outro hoje. Eu posso dizer que orgulha a Sergipe ter um Hospital de Cirurgia funcionando da maneira como ele está hoje, altamente qualificado, atendimento humanizado e melhorando cada vez mais”, disse.
Rony Almeida também salientou que a visita confirmou os dados apresentados no relatório anual de Intervenção: “Eu vim hoje aqui com o doutor Marcos, que é o juiz que decretou a Intervenção, que prorrogou, justamente, para que viéssemos pessoalmente confirmar tudo aquilo que foi apresentado nos autos do processo. Ou seja, a Intervenção é altamente benéfica à gestão do hospital”.
Para o promotor, toda a reestruturação feita no HC até o momento justifica a renovação da Intervenção Judicial. “Faz 15 dias que nós requeremos a prorrogação da Intervenção. Quantas vezes forem necessárias vamos requerer, para que esse atendimento à população sergipana seja feito cada vez melhor, observando que aqui o tratamento é feito pelo SUS, totalmente gratuito para as pessoas”, ressaltou.
Referência e Acreditado
A interventora Márcia Guimarães reforçou o compromisso da gestão do Cirurgia em garantir avanços contínuos. “É um trabalho que exige dedicação, planejamento e, acima de tudo, responsabilidade com os recursos públicos que entram no HC, seja por meio do contrato com o Governo do Estado ou emendas de parlamentares, e com a saúde da população. Nossa missão é continuar fortalecendo o hospital, tanto em termos de estrutura quanto de atendimento, para que os sergipanos tenham acesso a um serviço de qualidade, humanizado e gratuito. A renovação da Intervenção nos dá o suporte necessário para prosseguirmos com as melhorias e consolidar o nosso Cirurgia como referência”, afirmou.
Desde o início da Intervenção, o Cirurgia vive uma reestruturação financeira, administrativa e assistencial que chama a atenção do Brasil. Neste ano, se tornou o primeiro hospital filantrópico de Sergipe a conquistar a chancela de Acreditado da Organização Nacional de Acreditação (ONA), que atesta a qualidade dos serviços de saúde prestados pela unidade.
“O Cirurgia é hoje um exemplo aos hospitais não só de Sergipe como de fora de Sergipe, principalmente para os considerados hospitais filantrópicos e santas casas devido à gestão qualificada que está sendo feita”, completou o promotor Rony Almeida.
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